A partir do sexto mês de vida, recomenda-se que os pais e responsáveis deem início à introdução alimentar, período em que, além do leite materno, são introduzidos outros alimentos à rotina alimentar dos pequenos. Para que você saiba quando e como começar, preparamos este conteúdo com dicas que vão te ajudar. Acompanhe:
1- Qual a importância da introdução alimentar
2- Quando começar a introdução alimentar
3- Como começar a introdução alimentar
4- Quais são os métodos de introdução alimentar
5- Alimentos para iniciar a introdução alimentar: quais são os mais recomendados
Qual a importância da introdução alimentar
A alimentação interfere diretamente nos aspectos físico, mental e emocional dos seres humanos. Sendo assim, a introdução alimentar, fase em que os bebês começam a ser apresentados a novos alimentos além do leite materno, é um período de extrema importância para o desenvolvimento de bons hábitos alimentares e, consequentemente, de indivíduos saudáveis.
Quando começar a introdução alimentar
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até os seis meses de idade, o leite materno deve ser exclusivo, pois supre todas as necessidades do bebê. Contudo, quando completados os seis meses de vida, e se o bebê apresentar os sinais de prontidão, é recomendável que os pais e responsáveis comecem a introduzir novos alimentos à rotina alimentar dos pequenos.
Alguns sinais de prontidão para iniciar a introdução alimentar são os seguintes:
- sentar-se sozinho ou com o mínimo de apoio;
- demonstrar interesse pelos alimentos (querer pegar, abrir a boca quando vê alguém comendo);
- saber levar objetos à boca; e
- ter o reflexo de protrusão lingual diminuído.
É importante lembrar que cada bebê possui o próprio histórico de saúde e ritmo de desenvolvimento. Por isso, é fundamental que o período de introdução alimentar seja acompanhado pelo pediatra, profissional que avaliará o momento adequado para a introdução de novos alimentos, e o nutricionista infantil, que auxiliará durante todo o processo.
Como começar a introdução alimentar
A introdução alimentar deve ser gradual. É importante que o bebê veja e toque os alimentos para sentir as texturas. A alimentação pode começar com uma refeição por dia, é muito comum que se inicie com alguma fruta, mas não é uma regra.
Caso ele rejeite o alimento, procure não insistir e tente novamente em outro momento. Lembre-se de que é a primeira vez que ele está experimentado um sabor ou até mesmo uma textura, é importante ter paciência e compreensão ao longo desse período.
Evite criar expectativas com relação à quantidade de alimentos ingeridos por dia, procure começar com pequenas porções. De acordo com o desenvolvimento do bebê, é viável e comum aumentar essa quantidade. O mais importante nesse período é criar uma rotina alimentar, sempre respeitando os horários preestabelecidos e o limite de cada criança.
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Quais são os métodos de introdução alimentar
Os responsáveis, assim que o período de introdução alimentar começa a se aproximar, costumam questionar se existem métodos que possam auxiliá-los durante o desenvolvimento da nova rotina alimentar de seus bebês. Para ajudá-los, vamos responder a essas perguntas explicando sobre os três métodos mais indicados pelos nutricionistas.
Introdução alimentar tradicional: gerência e supervisão dos responsáveis
Por meio do gerenciamento e da supervisão dos responsáveis, que controlam a quantidade e utilizam a colher ou o copo para oferecer a comida, o método tradicional consiste na introdução gradual dos alimentos, inicialmente amassados com o garfo. Conforme o desenvolvimento da habilidade de coordenação da mastigação e deglutição da criança, a alimentação vai sendo adaptada até se adequar à rotina alimentar da família.
Método BLW: introdução alimentar guiada pelo bebê
O método Baby-Led Weaning, desenvolvido pela enfermeira social inglesa Gill Rapley, consiste na autoalimentação do bebê, ou seja, sem qualquer tipo de interferência dos responsáveis – isso não quer dizer que os bebês devem ficar sozinhos, os responsáveis devem sempre acompanhá-los e supervisioná-los. Diferentemente do método tradicional, os alimentos são oferecidos em pedaços, em forma de tiras ou bastões, para que a criança possa descobrir as texturas com as próprias mãos. Sendo assim, o método BLW proporciona total autonomia ao bebê, tanto na quantidade a ser ingerida quanto na administração do alimento.
Abordagem participativa: introdução alimentar com flexibilidade
Ao unir o método tradicional ao BLW, cria-se a abordagem participativa, isto é, a oferta de alimentos sólidos por meio do gerenciamento e da supervisão dos responsáveis durante as refeições. Essa proposta consiste em tornar a introdução alimentar mais dinâmica e flexível para os bebês e, ao mesmo tempo, permitir que os responsáveis participem ativamente desse processo, tornando-os mediadores da alimentação.
Todos os métodos têm aspectos positivos e desafiadores, por isso, é importante lembrar que a escolha da abordagem deve considerar, principalmente, as especificidades de cada bebê, além da rotina e preferência dos responsáveis. Recomendamos às famílias que, ao se aproximarem do momento de decisão, procurem um nutricionista infantil, profissional que tem o conhecimento necessário para ajudá-las a reconhecer o método de introdução alimentar mais adequado às necessidades do seu pequeno.
Alimentos para iniciar a introdução alimentar: quais são os mais recomendados
Segundo o Ministério da Saúde, a alimentação dos bebês até um ano de idade deve ser in natura (frutas), minimamente processada (cocção de proteínas, arroz, feijão e legumes), variada e rica em macro (proteínas, carboidratos e gorduras) e micronutrientes (ferro, zinco e vitaminas) e não deve conter sal.
Na hora do almoço e do jantar, é fundamental reunir os principais grupos alimentares: carnes e ovos; cereais e tubérculos; leguminosas; e hortaliças. Abaixo, seguem alguns exemplos:
- Carnes e ovos: boi, frango, peixe e ovos.
- Cereais e tubérculos: arroz, batata-doce, batata baroa, batata inglesa, inhame e aipim.
- Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha e grão de bico
- Hortaliças: folhas verdes, abóbora, beterraba, cenoura, abobrinha e chuchu.
Na hora do café da manhã e dos lanches, as frutas complementam a adequada alimentação dos bebês. Vale ressaltar que algumas frutas, peixes e ovos têm potencial alergênico maior, por isso, a introdução deve ser orientada pelo pediatra ou nutricionista que acompanha a criança.
Abaixo, seguem as frutas que costumam fazer bastante sucesso entre os pequenos:
- Banana, laranja, mamão, manga, maçã, melancia, melão e pêra.
Por fim, lembre-se de oferecer água filtrada durante os intervalos das refeições!
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